Coluna Educação em Foco: O processo de adaptação das crianças na Educação Infantil

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O período de adaptação de uma criança em um novo ambiente é sempre muito complicado, seja na escola, ou em qualquer outro lugar, mas a criança lentamente vai se adaptando ao ambiente e as pessoas que permanecerão com ela.

Quando a criança ingressa pela primeira vez na creche/escola, ela o faz num mundo diferente do até então conhecido, o do ambiente familiar, tendo que se relacionar com novas pessoas, se adaptar a um novo espaço, a uma nova rotina, diferente do seu cotidiano.

Essas mudanças podem causar angústias, tanto para as crianças quanto para suas famílias. Muitas das reações infantis podem vir a se manifestar fisicamente como dores, vômito, febre, entre outros sintomas, ou podem ser emocionais, levando a criança a não querer dormir, não aceitar alimentação, tornando-se agressiva com as pessoas de seu convívio e muitas vezes não desejando brincar com outros. As famílias também apresentam múltiplos sentimentos, entre eles está à culpa, a sensação de abandono de seus filhos a um lugar totalmente estranho, insegurança aos cuidados oferecidos. Entretanto, para alguns pais também pode ser um alívio e uma conquista conseguir uma vaga para seus filhos na escola e assim, poderem participar do mercado de trabalho.

O processo de adaptação implica no envolvimento e responsabilidade das famílias, uma vez que a criança necessita do apoio familiar. Esse comprometimento tem início no momento em que se realiza a matrícula dos filhos na escola, dessa forma, deve se consolidar uma parceria, visando minimizar o sofrimento, a ansiedade e os traumas infantis para garantir o bem estar da criança.

Por acreditar que o processo de adaptação das crianças, precisa ser um elo entre as famílias e as instituições de Educação Infantil, é indispensável que os profissionais de educação, bem como as famílias conheçam e avaliem seu papel e entendam a importância de sua atuação, (BALABAN, 1988, p. 24) aponta que a experiência da superação acontece em todas as fases da vida dos seres humanos e os afeta de alguma maneira:

A separação afeta as crianças. Afeta os pais. Faz brotar sentimentos nos professores. O início da vida escolar pode ser uma ocasião excitante ou também uma ocasião agradável. Junto com aqueles que realmente estão encantados por estarem iniciando sua vida escolar, existem frequentemente outras crianças chorando ou pais tensos e nervosos.

O método exige muito do emocional da criança. Ela tem que lidar com o novo ambiente, a separação diária de seus familiares, o contato com novas pessoas que não pertencem a sua família, o estresse da despedida da família na entrada, uma rotina diferente do seu cotidiano, como hora de dormir, de alimentar-se, realizar atividades mediadas pelas educadoras, das questões de higiene, os novos relacionamentos e até mesmo aprender a dividir o mesmo espaço e os mesmos brinquedos. Neste período, a criança manifesta sentimentos relacionados à adaptação como o choro que é comum no período de entrada ou quando os pais vêm buscá-los, fator este que mais se repete.  Mas é de suma importância que a família persista em deixar a criança na escola, pois somente assim acontecerá o vínculo da criança com as educadoras.

Na história da Educação Infantil esse período de tempo de adaptar, tem que ser cauteloso, minucioso, pois a criança também pode apresentar algumas mudanças de comportamento, podendo se tornar manhosas ou carentes. Nesse período a família precisa se mostrar confiante, onde o tempo de permanência na escola deve ser reduzido nos primeiros dias e os pais ou responsáveis precisam estar disponíveis a vir buscar a criança nos momentos de muito choro. Aos poucos, o que era estranho vai se tornando familiar e a organização de atividades específicas ajudará a criança a se sentir bem. Assim, a permanência da criança na escola vai aumentando gradualmente, ficando esclarecido e combinado com as famílias.

Cada criança e família vivenciam e compreendem o período de adaptação de maneira única e gradual. Vai exigir tempo, paciência para adaptá-las e respeito ao ritmo de cada uma. Vale lembrar também que é comum a criança levar junto a si e não querer se desapegar de algum objeto em particular, como brinquedos, cobertor, entre outros, isso faz parte da segurança que a criança estará construindo aos poucos.

Portanto, o processo de adaptação é sim, muito doloroso, não só para a criança, mas para os pais e também para as educadoras que são responsáveis por esse trabalho com os pequenos. Os pais precisam estar muito seguros ao deixar a criança na escola, eles terão que se manter firmes para não ceder às chantagens dos filhos, que de várias maneiras tentarão manipulá-los. Para a criança, como para o adulto toda situação nova é uma situação incômoda, pois os indivíduos saem de sua zona de conforto.

Para uma boa adaptação se leva em conta, a ação pedagógica com cuidados dos profissionais e a observação das reações individuais de cada criança. É ter paciência para situações corriqueiras, mostrando às crianças que o ambiente é bom e eles vão gostar de estarem inseridos no mesmo.

A Escola de Educação Infantil não tem um receituário pronto que mostre passo a passo como fazer, mas é um espaço de vivências, experiências, aprendizagens o qual possibilita a criança se socializar, dividir, brincar e conviver com a diversidade humana.

 

 

Referências Bibliográficas:

BALABAN, Nancy. O início da vida escolar: da separação à independência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

 

 

Fonte: Minéia Tatiane Ribeiro da Costa

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